Novidades - PELOS MISTÉRIOS DE CLAPTONE - Privilège Brasil

Algo mágico acontece quando um reflexo dourado surge entre as sombras e começa a comandar as cabines. Figurino preto de magas compridas, luvas brancas, barba cheia, chapéu preto e uma bela máscara que lembra as histórias do lendário personagem veneziano Scaramouche. Mas não, essa misteriosa...

 

 

Uma entidade tão enigmática, que é considerado por muitos um alquimista dos mundos ocultos. Em entrevista para um canal especializado da Holanda, ele foi bem claro que “Sem a máscara, não existe Claptone”, ao ser questionado sobre a identidade. E este símbolo surgiu em 2012, quando o hit “Cream” dominou as pistas do mundo e os charts mais importantes da cena. Nesta época, nem se imaginava que era apenas o começo de uma sequência encantadora de músicas que passariam a incendiar as cases de muitos outros TOP DJs.

 

 

Pete Tong, Soul Clap, DJ Sneak, DJ Hell, Jesse Rosse e A-Trak são alguns dos que referenciam o trabalho de Claptone. É só ouvir os primeiros acordes de hits, como ‘Wrong’, ‘No Eyes’, ‘ The Music Got Me’ e ‘Another Night’ para sentir essa energia toda. Grandes festivais e os mais importantes eventos de música do mundo não deixam o nome do mascarado de fora do line up, que, inclusive, incendiou o Tomorrowland Brasil em 2015. Na cabine do Privilège Búzios, uma performance de arrepiar no mesmo ano. Literalmente, uma figura que prende o olhar e faz uma ponte entre música e pista.

 

 

Em Ibiza, consagrou momentos incríveis que repercutiram por milhares de pessoas pelo mundo com a label Maquerade. Agora, em 2017, o misterioso DJ e produtor volta ao Brasil após muitos pedidos e traz consigo a energia da festa que tomou conta da Ilha espanhola em uma noite inédita na cidade maravilhosa, dia 02 de setembro. Em um papo rápido, mas muito instigante, nossa equipe esteve com Claptone e ficou com muitas pulgas atrás das orelhas. Estes enigmas, vocês ajudam a desvendar abaixo.

 

 

 

 

 

 

PRIVILÈGE MAG: A máscara dourada é seu símbolo e da sua música. Porque essa escolha e o que ligação ela tem com quem está atrás dela?

 

CLAPTONE: Essa mascara é parte da minha personalidade. Uma entre minhas muitas faces. Sendo veneziana, ela traz para mim uma rica história e cultura que compartilhamos há séculos com os bailes de máscaras. Uma tradição social pela qual podemos explorar melhor nossa identidade e entender a nossa liberdade em um jogo performático. Um aspecto destes é poder questionar autoridades e hierarquias, estruturas de um poder auto-sustentável, as quais muitas vezes somos obrigados a ficar de joelhos.

 

O dourado é para mim o reflexo do tesouro que encontrei na música. Simultaneamente, ele ridiculariza o materialismo e a ganância de ser meio que um ‘Rock Star’ ou um ‘Hip Hop Hero’. Ela tem um bico, como de um pássaro, que me levar a assumir habilidades além de humanas. Ao mesmo tempo, tornam engraçados os ‘ídolos pop’ que pensam que são mais que humanos. Não por acaso, também se assemelha ao ‘Médico da Peste’ [personagem histórico da cultura medieval européia]. Você está convidado a me ver como um tipo de ‘Plague Doctor’ da música.

 

 

Pela própria história, a Alemanha se tornou uma não respeitada pela música. Como você se sente neste cenário?

 

Eu não sou alemão [silêncio]. Eu não penso em uma categorização por nacionalidade. Vivo na Alemanha, mas sou, felizmente, filho deste belo planeta chamado terra. Outra confissão que tenho a fazer é que amo fazer segredos. Eles são parte de tudo o que vivemos. Por mais que queiramos descobrir, algumas questões devem ficar sem respostas. Algumas páginas tem que ficar em branco e algumas experiências não devem ser compartilhadas. Se você ouvir atentamente o som de Claptone, vai compreender todo este meu universo de mistérios. E se me permitir um conselho, deixe estes segredos envolverem você e aceite que são e sempre serão secretos!

 

 

Como você define, então, o som de Claptone?

 

Eu sou Claptone. Divida o meu nome em dois, execute o que ele pede e aí você vai encontrar o significado do meu som. Vou além do toque humano. O som orgânico reflete a personalidade emocional envolvida quando a música se cria. Assim também é meu esforço em evocar essas emoções dentro de quem me ouve. Não sou um produtor fantasma. Eu sou o próprio espírito que vive em mim. Sou eclético por amar música em geral. Para mim, a separação de gênero não é importante. Prefiro tartar o assunto separando a música que ressoa em mim daquela que simplesmente não.

 

 

Aproveitando a deixa, o que você costuma ouvir nas horas vagas?

 

Essa é uma questão fácil de responder. Escuto música que eu gosto, mas faço isso quantas vezes eu puder.

 

 

Podemos dizer que uma pista com Claptone é cheia de experiências?

 

Seria um sonho recorrente ou a realidade? Isso começa no momento em que estabeleço uma conexão entre a música que toco com a multidão. Nessa hora sinto que consigo trazer alegria para as pessoas. Fazer com que vivam muito melhor por um instante.

 

OUÇA BEM:

 

 

 

 

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