Novidades - Papo de DJs: Amine Edge & Dance - Privilège Brasil

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Nas páginas da MAG os franceses, que estão no topo das paradas mundiais, contam curiosidades sobre a carreira e o que o público pode esperar do Réveillon Privilège Búzios.

Por Raphael Paradella | Colaboração Kim Menini

 

Começa a tocar uma música com uma pegada meio indiana, com um rugido de um tigre e um vocal repetido, mas é quando o groove toma conta que todo mundo vibra. Não é nenhuma viagem, é uma rápida narrativa que tenta e não consegue descrever um dos maiores sucessos desta dupla de franceses. Um com a pegada na black music outro na cena eletrônica. Juntos, fazem o G-house. ‘Oi?’ Isso mesmo, eles misturaram várias influências para construir um estilo próprio que dominou a cena internacional. No modo de vestir e expressar uma forte irreverência pontuada pela ácida rebeldia.

 

 

Apostamos que, até agora, tem muita gente tentando entender o que eles fazem. Aumente o som e vai entender rapidinho. Quando eles falam sobre o próprio trabalho ou se escuta o som dos caras, é muito simples definir: são amantes de música que trabalham para divertir as pessoas. Sem ‘pré conceitos’ sonoros e uma enorme vontade de fazer diferente. E realmente fizeram! Em pouquíssimo tempo, conquistaram lugar cativo nas cases de TOPs e lugar entre os holofotes mais exigentes do mercado. Como estão na crista da onda, a praia de Geribá vai ser o palco perfeito para o Réveillon Privilège Búzios ir ao paraíso.

 

 

A seguir, um pouco de Goodies-goodies.

 

 

 

Como a música começou fazer parte da vida de vocês, individualmente?

 

Amine Edge: Eu tinha uns sete anos quando minha irmã me deu uma fita chamada “Technotronic – pump up the jam” e era incrível. Minha outra irmã me deu o disco de Lionel Richie e Bobby Brown. Então, eu escutava todas as boas e as merdas da música. Prestava atenção em tudo realmente. Aos 13 anos, decidi ser DJ e isso foi quando comecei a comprar vinis e minha mãe me deu um par de toca-discos. Eu não queria fazer mais nada e brigava muito com os meus pais, pois não queria mais ir para a escola.

 

Dance: Minha irmã mais velha já estava dentro do hip-hop e do R’n’B e já tinha muito amor por esta música. Eu cresci e essa paixão cresceu junto. Minha vida foi toda voltada para a música, desde os oito ou nove anos de idade.

 

 

Lemos muitas histórias sobre vocês e encontramos várias versões diferentes sobre como vocês se conheceram. Qual a história real?

 

Dance: Foi quando tinhamos uns 15 ou 16 anos. Havia um amigo em comum que produziu a gente. Estranhamente fomos notando que nós dois tinhamos a mesma paixão pela música. Amine estava com a house music e eu mais ligado ao hip-hop. Mas o amor era o mesmo. Por isso, nos tornamos os grandes amigos, mas apenas começamos a trabalhar juntos há três anos.

 

 

E, então, de onde veio a ideia de se juntarem?

 

Amine Edge: Dance era um produtor de hip-hop e eu de house. A princípio, éramos de realidades muito diferentes e vivíamos ocupados. Eu trabalhava pesado nas minhas próprias coisas sem tanto sucesso e isso me fazia trabalhar cada vez mais. Ele fazia batidas para alguns rappers sem qualquer reconhecimento deles. Um dia, por acaso, se é que podemos dizer isso, começamos uma música juntos. Realmente nunca havíamos pensado em trabalhar juntos. Mas isso foi tão intenso que não conseguimos mais parar. Penso que foi o destino que nos fez esperar tanto tempo por isso, pois nos deu tempo para acumular experiências e maturidade para termos a motivação e o sucesso que conquistamos hoje.

 

Dance: Amine gravou um CD para mim com um monte de músicas de house e disse: “Você tem que ouvir isso. Vai amar!”. Quando ouvi, percebi que o estilo que ele tocava e o que eu trabalhava eram bem próximos. Depois disso, decidi produzir uma música no house só de brincadeira para impressioná-lo. Então, ele terminou de produzir a música que eu fiz e pronto. Nunca mais paramos de produzir em conjunto, pois era muito mais excitante.

 

 

Cara, você falou desta proximidade entre o house e o hip-hop. Qual seria exatamente na sua opinião?

 

Dance: As batidas eletrônicas são as mesmas. MPC ou Roland 808, 909. E o baixo é realmente importante para os dois estilos musicais.

 

 

Dentro do contexto da cena eletrônica francesa na época, vocês deram vida ao G-house. Como descrevê-lo?

 

Amine Edge & Dance: A evolução da música nunca para, este é o motive pelo qual somos tão apaixonados por música. Todas aquelas músicas do passado, boas ou ruins, influenciam aquilo que temos hoje e o que vamos ouvir amanhã. Da Disco ao hip-hop, da ambient ao techno.Tudo foi moldado pela história. Você pode gostar ou odiar trance ou minimal, mas tudo o que fazemos agora foi afetado por isso e vamos afetar o que ainda estar por vir. O G-house ainda é um bebê com pais muito loucos emu ma grande orgia entre o funk, hip-hop, hip-house, new wave, techno, disco, electro e muito mais.

 

 

 

 

 

Ok, mas de onde veio o termo Gangsta House?

 

Amine Edge & Dance: Usamos sempre a expressão ‘Gangsta” para definir tudo aquilo que curtimos. Por exemplo, podemos dizer: “E aí, cara. Estes tênis são muito ‘Gangsta’”. Então, quando terminamos algumas das nossas primeiras músicas falamos uma para o outro: “essa merda ficou ‘Gangsta’”. Depois disso, brincamos de dizer que fazemos “Gangsta House”, que acabou virando “G-house”.

 

 

E dentro disso, como definir a música que vocês fazem?

 

Amine Edge & Dance: Uma mistura de várias influências. Às vezes é agressivo, outras um pouco mais calmo,mas sempre feita para a pista de dança. Adoramos ver a reação das pessoas quando escutam as nossas músicas. Elas adoram e parecem relembrar de quando ouviram aquele som pela primeira vez.

 

 

Sobre a label CUFF, o que ela representa? Quando e em quais situações vocês a usam?

 

Amine Edge & Dance: Isso não quer dizer nada. Sendo honesto, apenas soa bem e pronto.É isso. Agora, temos um sério catálogo de músicas de vários artistas incríveis e vários pedidos para levar os shows da CUFF pelo mundo. Nossa música, nosso universo, a noite toda!

 

 

Atualmente, a música de vocês está por todo o mundo. Em que momento da carreira perceberam que o som de vocês havia transpassado a barreira do território francês?

 

Amine Edge & Dance: Tudo foi muito rápido, depois de um ou dois meses encontramos alguns videos no YouTube com DJ’s famosos tocando nossas tracks no México, Inglaterra e Alemanha. Foi realmente emocionante ver todas aquelas pessoas vibrando e se divertindo com as nossas músicas. Sem dúvida uma das melhores sensações que já tivemos.

 

 

E no Brasil? As pessoas aqui curtem bastante o som de vocês, mas o que vocês curtem na música brasileira?

 

Amine Edge: O povo brasileiro é o mais incrível para o G-House. Temos, por exemplo, Diamn, Marco Violent, Solc e outros. Eu amo o funk brasileiro. Está certo que ainda não entendo o porque se chamar funk, pois entendo este nome como um gênero americano da década de 80 que é totalmente diferente, bem como o país (risos). Geralmente, depois de um show com a música muito alta e enlouquecedora, eu preciso descansar. Por isso, às vezes, peço o motorista para deixar tocar uma bossa nova com volume baixinho.

 

Dance: Eu realmente não conheço bem a música brasileira, por isso, não posso falar muito. Eu preciso de uma bela garota brasileira para me ensinar mais sobre a música do país. Com certeza eu vou amá-la. (risos)

 

 

Algumas vezes, encontramos declarações de vocês dizendo que adoram as pistas brasileiras. É verdade?

 

Amine Edge & Dance: Pensamos elas são as melhores. As energias nos clubs são muito loucas. O Brasil é único. Os brasileiros sabem como fazer festa e como fazer um DJ feliz. Quando um DJ se sente bem, obviamente, toca muito melhor e quer oferecer ainda mais, pois o público merece.

 

 

Também ouvimos que adoram Búzios. Como foi receber o convite para passarem o Réveillon no coração do balneário, que é a praia de Geribá?

 

Amine Edge & Dance: Búzios é um dos lugares mais incríveis que já conhecemos. Tudo é tão lindo, bacana, quieto e com praias inacreditáveis. No ano passado, chegamos a tocar no Privilège e a festa foi incrível para todos. Acho que os sócios do club querem viver novamente essa experiência no ano novo. Estamos realmente muito felizes e animados para nosso primeiro Réveillon no Brasil.

 

 

 

 

E o que a galera pode esperar do set de vocês?

 

Amine Edge & Dance: Vamos tocar a ‘nova bomba’ e músicas exclusivas. Vamos detonar a pista como sempre fazemos. Por isso, estamos trabalhando também em edições especiais das nossas tracks mais famosas só para a ocasião.

 

 

Entre tantas produções, quais são as músicas que a galera sempre pede?

 

Dance: O pessoal sempre pede para a gente tocar “Lost”, mas ás vezes os pedidos são realmente diferentes. Costumam pedir por músicas mais antigas nem tão famosas como “Friends”. Existe gente que pede também algumas que o Amine fez há mais de cinco anos como “All night loop”. Isso é muito legal, pois vemos nas apresentações como o pessoal realmente é interessado na nossa música.

 

 

E quais são os novos projetos do Amine Edge & Dance?

 

Amine Edge & Dance: Neste verão, compramos nosso próprio estudo em Ibiza e fizemos muitas faixas novas. Por exemplo, existe uma nova que fizemos com o DJ Sneak, que teve uma aceitação muito grande nos clubs que já tocamos. Provavelmente ainda vamos lançar um EP no final do ano com quatro ou cinco músicas. Enquanto isso não acontece, estamos trabalhando com alguns cantores e rappers que ainda não podemos contar neste momento.

 

Então, a galera pode esperar uma big surpresa em breve!

 

 

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